terça-feira, 1 de maio de 2012

13 - A MISSÃO ÍMPAR DO JUSTO JOSÉ - ESTUDANDO NOS PASSOS DE MARIA.


ESTE POST FAZ PARTE DE UM LIVRO CHAMADO: "ESTUDANDO NOS PASSOS DE MARIA" COM AUTORIA DE Carlos J. Magliano Neto E SE TRATA DE UM LIVRO EM RESPOSTA ÀS ACUSAÇÕES QUE NÓS CATÓLICOS SOFREMOS QUANTO A MARIA. CASO QUEIRA VER A  CADA PÁGINA DO LIVRO VOCÊ PODERÁ CLICAR NOS NÚMEROS REFERENTES  A CADA PÁGINA, NOS INDICADORES DE "<< PÁGINA ANTERIOR E PRÓXIMA PAGINA >>",  OU NO ÍNDICE.




 “Se desejamos ser honestos, tal possibilidade (de virgindade de Maria), ao invés de apontar para a santidade de José, estaria questionando sua masculinidade ou fidelidade. (...) ‘Os sacerdotes devem desistir da idéia da virgindade perpétua de Maria, ou desistir de que José e Maria representam a família humana ideal’”                                                    (págs. 23 e 33)

Se analisarmos o celibato e a virgindade com uma visão depreciativa, deveremos também questionar a masculinidade de Jeremias (cf. Jr 16,1), do Apóstolo Paulo (cf. 1º Cor 7,8) e quem sabe até do próprio Jesus que, além de não se casar, pregou o celibato: “Há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender, compreenda!” (Mt 19,11).


        Mas poderia se argumentar: Jeremias, São Paulo e Jesus foram celibatários, mas a diferença está em que José casou-se, eles não. No entanto, deveremos perceber que a missão deles era uma, a de José outra.

Adentremos um pouco na história de São José: “A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt 1,18).  Primeiramente vemos que Maria já era comprometida em casamento com José. Uma espécie de noivado, que no costume judaico era um compromisso muito real, onde o noivo já podia ser chamado de marido e só poderia terminá-lo por um repúdio, uma denúncia pública. José, ao saber que Maria estava grávida, ficou perdido, sem saber o que fazer. Assim, “José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo” (Mt 1,19). José caminhava ora duvidando, ora vendo a santidade da missão que sua noiva tinha recebido; estava entre admitir um filho que não era seu e ter coragem de assumir uma missão tão nobre. Não queria separar-se dela publicamente, pois isso poderia levá-la ao apedrejamento (cf. Dt 22,20-21). Sem ainda ter definido sua decisão, “eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: ‘José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo’” (Mt 1,20). Pronto: José assim tem a certeza da grandeza da missão de sua mulher e percebe aí também a sua missão: ser protetor e sustento daquela obra divina. “José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher” (Mt 1,24).

Não há uma só frase dita por São José nos relatos evangélicos, entretanto, ele agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara demonstrando assim “uma disponibilidade de vontade, semelhante à disponibilidade de Maria, em ordem àquilo que Deus lhe pedia por meio do seu mensageiro” (Papa João Paulo II, Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 4). Deus assume assim Maria como esposa e o seu noivo José apenas é orientado a aceitar aquilo como obra do Espírito Santo. Ele entende, e aceita. (cf. Mt 1,21.24).

Assim, é impossível compactuar com a idéia de que a Família de Nazaré foi imperfeita porque José teve “uma mulher a quem não possuiu” (pág. 23). “Na Liturgia, Maria é celebrada como tendo estado ‘unida a José, homem justo, por um vínculo de amor esponsal e virginal’. Trata-se, de fato, de dois amores que, conjuntamente, representam o mistério da Igreja, virgem e esposa, a qual tem no matrimônio de Maria e José o seu símbolo. ‘A virgindade e o celibato por amor ao Reino de Deus não só não se contrapõe à dignidade do matrimônio, mas pressupõe-na e confirmam-na. O matrimônio e a virgindade são os dois modos de exprimir e de viver o único Mistério da Aliança de Deus com o seu povo’, que é comunhão de amor entre Deus e os homens” (Papa João Paulo II, Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 20). A Família de Nazaré é, portanto, família humana ideal, pela sua santidade e intimidade com Deus. No entanto, não é uma família normal, pois nada nela foi normal, mas tudo foi extraordinário. Tão extraordinário que possui mistérios que nós ficaremos sempre muito aquém da sua magnitude. Repetindo a frase de Jesus: “Quem tiver capacidade para compreender, compreenda!”



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